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O Cão Dorminhoco e o Lobo...

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O CÃO DORMINHOCO E O LOBO Era meio-dia. O sol brilhava como nunca nas alturas, sem que uma única nuvem se dispusesse a empanar sua luminosidade. Por isso o dia estava quente, e também por essa razão o pequeno cão se ajeitara sob a copa de uma árvore e dormia despreocupado à sua sombra, certo que de que, com um calor daqueles, não só os homens, mas também outros animais estariam fazendo o mesmo que ele. Enganava-se, porém, porque um lobo grande, com o dobro do seu tamanho, o despertou sem a menor delicadeza, pronto para transformá-lo em refeição. Mas o cão era esperto, pensava rápido, e assim, vendo-se naquela situação perigosa, ele ponderou à fera que o ameaçava: - Não me sacrifique agora, seu lobo. Veja que eu estou magro, raquítico, e isso porque ainda não me livrei de uma doença que quase acabou comigo. Desse jeito, não serei hoje uma refeição apetitosa para o senhor, que merece do bom e do melhor. Espere mais um pouco, porque logo estarei gordinho novamente, e aí, sim, me tra

O Cão Impertinente...

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O CÃO IMPERTINENTE O dia era mormacento, abafado, razão pela qual o cão buscava um jeito de escapar daquela canícula que lhe tirava o ânimo, deixando-o sonolento e indisposto. Ele procurava um lugar onde pudesse deitar-se e dormir em paz, aguardando a chegada de ares mais suportáveis, e por isso dirigiu-se ao estábulo que avistou pouco adiante, entrou nele e imediatamente se sentiu no paraíso, pois o chão de terra úmida que encontrou no lugar dava ao ambiente coberto e fechado uma sensação de frescura que o fez suspirar de alívio e agradecimento à boa fada que o havia encaminhado para lá. Satisfeito com acontecido, o cachorro se acomodou em um canto, sobre um monte de palha, e logo pegou no sono. Pouco tempo depois um boi foi levado para o mesmo local. Naquela manhã, este animal havia trabalhado com o seu dono desde que o sol nascera, e como estava esfomeado, tratou de comer o capim que alguém havia colocado no cocho antes de sua chegada. Mas o barulho dos movimentos que ele fazia

O Pescador Flautista...

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O PESCADOR FLAUTISTA Havia um pescador que se divertia tocando sua flauta. Certo dia, ele foi até uma praia, levando suas redes de pesca e o instrumento musical. Quando chegou à praia, ele se assentou sobre uma rocha, a qual se projetava sobre o mar, e logo começou a tocar a flauta, e tanto praticou a arte de soprar no delicado instrumento que acabou se tornando um instrumentista apreciado por quantos o ouvissem executar qualquer das músicas do seu repertório. Um dia lhe disseram que até os peixes viriam até ele para ouvir mais de perto o som da sua flauta, e ele acreditou. Tanto que certo dia, quando um cardume de tainhas se aproximou da praia, Severino pegou o instrumento e começou a tocar uma música alegre e convidativa, certo de que os peixes acabariam saltando da água para a areia, dispostos a dançar ao som dos acordes musicais. Mas eles passaram e se foram sem darem a menor importância ao instrumentista e sua melodia. Mas voltaram no dia seguinte, e dessa vez o pescador res