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Júpiter e a Abelha...

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JÚPITER E A ABELHA Houve um dia em que a rainha das abelhas entendeu ser necessário agradecer ao deus Júpiter por tudo quanto ele havia lhes dado, principalmente os campos, as flores e o néctar em abundância. E decidiu presenteá-lo com o que de melhor elas possuíam para oferecer-lhe, que era o mel produzido por cada uma graças à fartura da matéria prima que a divindade colocara à disposição de todas. Então ela procurou as melhores colméias, recolheu a quantidade de mel que julgou ser suficiente e voou com ele para o Monte Olimpo, onde morava o maior dos deuses. Júpiter ficou tão satisfeito com o presente recebido que desejou retribuí-lo, e para isso prometeu dar à abelha qualquer coisa que ela desejasse. Ao ouvir tal oferecimento, a rainha não se conteve e pediu: - Oh, Júpiter, dê-nos um ferrão com o qual possamos nos defender. Mas que seja tão forte e resistente que com ele sejamos capazes de ferir e matar aqueles que se aproximarem de nossa casa com intenção de nos roubar o mel

O Cão e a Lebre...

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O CÃO E A LEBRE A lebre, que saíra em busca de alimento, entretinha-se na degustação de algumas ervas que apreciava, e tão distraída se entregava a esse prazer que descuidou da própria segurança e não percebeu que um cão de caça se aproximava sorrateiro pela sua retaguarda, beneficiado pelo vento que soprava contra ele. Quando a coitada se deu conta do perigo que corria, aí já era tarde, porque o caçador saltou sobre ela, mordeu-a na altura do pescoço, derrubou-a e deitou-se com as patas dianteiras sobre seu corpo, apertando-a firmemente contra o solo. Feito isso, passou a mordiscá-la levemente com os seus afiados dentes caninos, para logo em seguida lamber-lhe o pêlo sedoso como se estivesse mergulhado em êxtase profundo. E fez isso duas, três e mais vezes, enquanto a pobre lebre permanecia subjugada, com o coração aos saltos, aguardando o desenlace de sua tragédia sem ter consigo a menor esperança de salvação. Até que, em dado momento, não suportando mais a angústia que a dominav

As Árvores e o Machado...

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AS ÁRVORES E O MACHADO Um homem foi à floresta e pediu às árvores que lhe dessem um cabo para o seu machado, alegando que precisava dele para sustentar a sua numerosa família. Considerando o sentido social e humanitário que aparentemente estava por trás daquela solicitação, o conselho das árvores mais velhas se reuniu, colocou o assunto em discussão, e ao final do encontro concordou com o que o lenhador desejava, dando a ele uma árvore jovem, ainda, para que com ela o solicitante pudesse preparar a peça de que necessitava para guarnecer o seu instrumento de trabalho. De posse da autorização o homem não perdeu tempo e tratou de entrar em ação imediatamente: para começar, ele cortou a arvorezinha que as árvores mais velhas lhe haviam dado e fez com ela o cabo de que precisava, colocando-o em seu machado; em seguida, passou a usá-lo numa faina incessante, derrubando em pouco tempo, com seus golpes potentes e certeiros, um bom número das mais nobres, das maiores e das mais antigas árvo