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O Casamento do Sol com a Lua

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O CASAMENTO DO SOL COM A LUA Houve um tempo em que o Sol se apaixonou pela Lua e resolveu casar-se com ela. Essa notícia chegou aos ouvidos dos humanos e estes, diante da novidade, fizeram o que fazem até hoje: formaram dois grupos, o dos discordantes e o dos aceitantes, que passaram a discutir os prós e contras daquela união celestial. E como o desacordo entre eles crescia cada vez mais, ameaçando transformar-se em enorme confusão, o deus Júpiter resolveu ouvir as alegações que ambos apresentavam a título de justificativa para seus respectivos comportamentos. Os favoráveis ao casamento alegaram que como cada um tinha o direito de escolher o seu próprio destino, o Sol e a Lua podiam fazer o que bem entendessem, sem que ninguém pudesse alimentar a pretensão de interferir no que eles tinham acertado de comum acordo. Afinal de contas, a lei era divina, e contra ela não cabia, portanto, qualquer contestação humana ou mesmo extra-terrestre. Os desfavoráveis justificaram seu posicioname

Um Cowboy do Asfalto Fora da Lei

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UM COWBOY DO ASFALTO FORA DA LEI Para ajudar o meu amigo Dieguito, hoje deixarei de ser um cowboy do asfalto para ser um cowboy fora da lei.   Vou juntar-me a ele para investigarmos melhor essa turma do Gargamel.   Quando Deus criou o mundo deixou tudo combinado... Fez canário pra mato fino e capoeira pra bicho do mato... Fez perfume pras muié bunita e cachaça pros homi apaixonado! Pros abeia que querem copiar o estilo de ser di nóis cowboy, eu mando mais ou menos assim... Quem não sabe fazer verso que não se meta na folia, pois meu avô sempre dizia que us rato nunca faiz festa no lugar que o gato mia! Alguns Cowboys fazem o que outros homens apenas sonham! Essa é procê amigo Dieguito Onde tem carniça, tem urubu. Onde tem buraco, tem tatu. Onde tem mulher bonita, eu pulo que nem canguru. Conheci uma morena pro estado do Paraná, pensei que ia ser fácil seu coração a laçar, a noite estava quente e eu na solidão, morena só de mini saia balançou meu coração, fui chegando

O Camponês e os Cães...

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O CAMPONÊS E OS CÃES Naquele ano a neve caiu como há muito tempo não acontecia. Durante dias e dias ela desceu do céu ora com calma, ora frenética, mas sempre ininterrupta, sem dar descanso a quem quer que seja, disposta, ao que parece, a soterrar com sua brancura gelada o que houvesse sobre a terra. E assim, tudo foi desaparecendo sob o alvo manto que os flocos de vapor d’água congelada iam tecendo caprichosamente sobre casas, árvores, pedras e caminhos, isolando as pessoas que moravam em lugares de acesso mais difícil. Uma delas era o camponês cuja propriedade ficava em um pequeno vale, no sopé da montanha coberta de gelo. Sem ter como sair de casa, ele se acomodou como pode em sua cabana de madeira, mas como fora imprevidente e não se abastecera dos mantimentos de que precisaria para enfrentar o inverno, logo a fome começou a lhe incomodar, e por isso ele sacrificou primeiramente as poucas galinhas que possuía. Depois foi a vez do carneiro, logo em seguida da cabra, e quando che