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O Camponês e os Cães...

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O CAMPONÊS E OS CÃES Naquele ano a neve caiu como há muito tempo não acontecia. Durante dias e dias ela desceu do céu ora com calma, ora frenética, mas sempre ininterrupta, sem dar descanso a quem quer que seja, disposta, ao que parece, a soterrar com sua brancura gelada o que houvesse sobre a terra. E assim, tudo foi desaparecendo sob o alvo manto que os flocos de vapor d’água congelada iam tecendo caprichosamente sobre casas, árvores, pedras e caminhos, isolando as pessoas que moravam em lugares de acesso mais difícil. Uma delas era o camponês cuja propriedade ficava em um pequeno vale, no sopé da montanha coberta de gelo. Sem ter como sair de casa, ele se acomodou como pode em sua cabana de madeira, mas como fora imprevidente e não se abastecera dos mantimentos de que precisaria para enfrentar o inverno, logo a fome começou a lhe incomodar, e por isso ele sacrificou primeiramente as poucas galinhas que possuía. Depois foi a vez do carneiro, logo em seguida da cabra, e quando che

O Cão e a Máscara...

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O CÃO E A MÁSCARA O cão vadio andava pelas ruas em busca de comida. Desde a manhã anterior ele não conseguira encontrar nada que pudesse atenuar a fome que sentia, e por isso andava sem parar, farejando aqui e ali na esperança de achar ao menos um pedaço de pão velho para acalmar o estômago. Em certo trecho do caminho ele encontrou uma máscara. Ela era linda, e suas cores tão belas pareciam lhe dar vida e até mesmo o dom da palavra. Durante alguns segundos o cão a cheirou com cuidado, mas percebendo do que se tratava a deixou de lado e afastou-se resmungando: - Não resta dúvida que é uma cabeça bonita, mas não tem miolos. Moral da Estória : Existem no mundo muitas cabeças bonitas, mas desmioladas, e por isso não nos servem para nada. Baseado no livro Fábulas de Esopo - Fernando Kitzinger Dannemann

O Leão e o Rato...

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O LEÃO E O RATO O leão dormia sossegado quando foi acordado por um rato que passou correndo sobre seu rosto. Irritado por ter sido despertado daquela maneira, o rei dos animais levantou-se rapidamente e dando um salto ágil capturou o roedor atrevido, disposto a matá-lo. Mas este suplicou: - Se o senhor poupar minha vida, senhor leão, tenho certeza de que poderei retribuir a sua bondade. Ao ouvir essa afirmativa o leão não se conteve e deu uma gargalhada de desprezo, mas mesmo assim soltou sua pequenina presa. Acontece que poucos dias depois ele foi capturado por alguns caçadores que o amarraram com cordas grossas, deitaram-no no chão e depois se afastaram à procura de outros animais. Porém, o rato ouviu e reconheceu o rugido furioso do leão, e por isso aproximou-se dele, percebeu o que lhe tinha acontecido, roeu as cordas que o prendiam e o libertou. Mas lhe disse, quando o viu afastar-se: - O senhor achou que eu jamais seria capaz de ajudá-lo, e por isso nunca esperou receber